quarta-feira, 7 de março de 2012

Boiadeiros - que roupagem é essa?

Olá gente!!

Na Umbanda, muito se fala sobre os boiadeiros, mas infelizmente é ainda uma classe de espíritos mal compreendida por muitos médiuns. Segue um pequeno texto passado pelo nosso amigo Pedro, responsável pelo nossos trabalhos de Orientação Espiritual e suporte nos trabalhos desobsessivos, dentre outras coisas mais em nossa Sociedade Espiritualista Legião da Fraternidade Branca...



OS BOIADEIROS 


São espíritos hiperativos que atuam como refreadores do baixo astral, e são aguerridos, demandadores e rigorosos quando tratam com espíritos trevosos.

Os símbolos dos boiadeiros são o laço e o chicote que, em verdade, são suas armas espirituais e são verdadeiros mistérios, tal como são as espadas, as flechas e outras “armas” usadas pelos espíritos que atuam como refreadores das investidas das hostes sombrias formadas por espíritos do baixo astral.

Da mesma maneira que os pretos-velhos representam a humildade, os boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de forma simples, mas com uma força e fé muito grande. São habilidosos e valentes.

Eles são regidos por Iansã-Oyá e Ogum, tendo recebido deles o intuito de conduzir os eguns (espíritos obsessores) da mesma forma que conduziam sua boiada, onde levavam cada boi (espíritos) para o seu destino, e trazem os bois que se desgarram (obsessores, kiumbas, etc) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).

Suas maiores especialidades não as consultas como as dos pretos-velhos, nem os passes ou as receitas de remédios como os caboclos, e sim o “dispersar de energias densas” aderidas aos corpos, paredes e objetos. É de extrema importância esta função, pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor das consultas, das orientações e dos passes, os boiadeiros “sempre” estarão atentos à qualquer alteração de energética do local e/ou com a entrada de espíritos ruins.

Quando bradam em tom de ordem, como se estivessem laçando seu gado, estão, na verdade, ordenando os espíritos que entraram no local a se retirarem, limpando assim ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações, já que as presenças desses espíritos muitas vezes interferem nas consultas de médiuns conscientes.

Esses espíritos atendem os boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhe passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina. Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência. Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes.

Eles nos ensinam a força que o trabalho tem e que o principal elemento de sua magia é a força de vontade, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.

É uma linha poderosa e muito numerosa no mundo espiritual e seus caboclos atuam nas sete linhas de Umbanda, e são descritos como Caboclos da Lei.

Atabaques e Boiadeiros

Dentro da ritualística de Umbanda, existe um elemento de grande importância que é a Curimba formada por médiuns que se dedicam ao estudo dos cânticos ritualísticos. Há uma grande influência dos boiadeiros no trabalho da Curimba, pois eles regem suas forças e fundamentos.

Os atabaques são formados basicamente por três elementos da natureza: Animal (couro), Vegetal (madeira) , Mineral (ferragens) . Estes elementos por sua vez encontram-se no ambiente natural destas entidades e a força da Curimba no terreiro está justamente em conseguir dissipar as energias negativas, inibir a ação de obsessores e desagregar miasmas e larvas astrais que estejam impregnados no ambiente de trabalho conseguindo com isso um êxito maior.

Ervas que são utilizadas pelos Boiadeiros 

Alecrim do Campo, Capim-Manteiga, Cravo da Índia, Folha de Manga, Gravata e Chapéu de Couro. 

Saudação
Getuá Seu Boiadeiro!
Getuá Seu Boiadeiro Sebastião de São Benedito

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