domingo, 27 de março de 2011

Exú - Parte I

Acho que não poderia ter escolhido um período melhor para postar a primeira parte deste artigo do que em março de 2011, onde várias mudanças estão em andamento no planeta e, também, neste mês em que comemoramos o Dia de Xangô Aganju, que é uma das qualidades de Xangô (no candomblé) que representa as leis e as escritas e, também é o padroeiro dos intelectuais. 

Apesar desse fato das “qualidades de santo” que existe na cultura africana e levarmos em consideração a representação de Xangô na Umbanda (que é classificado como o Orixá da Justiça e do Equilíbrio), falaremos um pouco – nesta primeira parte deste post – sobre os incompreendidos Exús e seus verdadeiros trabalhos no mundo astral. 

Por se tratar de um assunto delicado e vasto, dividi esse assunto em 2 posts. Neste descreverei o Exú Orixá de acordo com a mitologia Africana, cultuada nos diversos barracões e roças de Candomblé espalhados pelo Brasil e, na segunda parte, descreverei o Exú Guardião, trabalhador da seara do Cristo, supervisionados por espíritos elevados, nos diversos centros Espíritas Kardequianos, terreiros de Umbanda, igrejas evangélicas e católicas, etc. 

Uma dica que deixarei logo neste início da primeira parte é o ESTUDO e a PESQUISA. Antes de discutir, falar, comentar, opinar, aconselhar alguém sobre um determinado assunto qualquer: 

– LEIA, PESQUISE, ESTUDE – 

Nós temos um péssimo costume de falarmos mal ou atacarmos sobre um assunto que desconhecemos ou, como é no caso dos Exús. Passamos muito tempo ouvindo histórias furadas de espíritas, umbandistas e espiritualistas que “os Exús são espíritos escravos e que eles fazem tanto o bem quanto o mal – só pedir”. 

Mas uma coisa eu garanto como espiritualista – ISSO NÃO É BEM ASSIM. 

Melhor ainda – NÃO É ASSIM MESMO. 

Infelizmente a população que não compreende o trabalho verdadeiro desses espíritos tão importantes para todos espalham esses grandes absurdos por ai, disseminando a mentira e ferindo a imagem desses amigos que estão na “linha de frente” dessa batalha espiritual que estamos enfrentando neste fim dos tempos. 

Mitologia Africana 

Orixá Exu
Èsù é um Orixá africano, também conhecido como: Exu, Esu, Eshu, Bara, Ibarabo, Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Tiriri, Ijèlú. Algumas cidades onde se cultua o Exu são: Ondo, Ilesa, Ijebu, Abeokuta, Ekiti, Lagos. 

Exu é o orixá da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra Èsù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento. 



Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, mundo material e espiritual, seja plenamente realizada. 

Na África na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma como é representado no culto africano, um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade. 

Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um absurdo dentro da construção teológica yorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do Mal. Mesmo porque nesta religião não existem diabos ou mesmo entidades encarregadas única e exclusivamente por coisas ruins como fazem as religiões cristãs, estas pregam que tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso, pelo contrário na mitologia yoruba, bem como no candomblé cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano. 

Orixa Exu com seu falo
na mão direita
De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele. 

No entanto, como tudo no universo, possui de um modo geral dois lados, ou seja: positivo e negativo. Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano que é de um modo geral muito mutante em suas ações e atitudes. 

Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda Rei de Ketu, sob o nome de Èsù Alákétú. 

A palavra elegbara significa “aquele que é possuidor do poder (agbará)” e está ligado à figura de Exu. 

No Brasil 

No Brasil, no candomblé, Exu é um dos mais importantes Orixás e sempre é o primeiro a receber as oferendas, as cantigas, as rezas, é saudado antes de todos os Orixás, antes de qualquer cerimônia ou evento. O Exu Orixá não incorpora em ninguém para dar consultas como fazem os Exus de Umbanda, eles são assentados na entrada das casas de candomblé como guardiões, e em toda casa de candomblé tem um quarto para Exu, sempre separado dos outros Orixás, onde ficam todos os assentamentos dos exus da casa e dos filhos de santo que tenham exu assentado. 

É astucioso, vaidoso, culto e dono de grande sabedoria, grande conhecedor da natureza humana e dos assuntos mundanos daí a assimilação com o diabo pelos primeiros missionários que, assustados, dele fizeram o símbolo da maldade e do ódio. Porém " … nem completamente mau, nem completamente bom … ", na visão de Pierre Verger no texto de sua autoria "Iniciação" - contido no documentário "Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia", Exu reage favoravelmente quando tratado convenientemente, identificado no jogo do merindilogun pelo odu okaran. 

Sacrifício para Exu.Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas qualidades: Elegbá ou Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara, Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o crescimento de tudo o que existe), Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan (guardião dos caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê). 

Outra imagem de Exu segundo a
cultura africana
A segunda-feira é o dia da semana consagrado a Exu. Suas cores são o vermelho e o preto; seu símbolo é o ogó (bastão com cabaças que representa o falo); suas contas e cores são o preto e o vermelho; as oferendas são bodes e galos, pretos de preferência, e aguardente, acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê. Aconselha-se nunca lhe oferecer certo tipo de azeite, o Adí, por ser extraído do caroço e não da polpa do dendê e portar a violência e a cólera. Sua saudação é "Larôye!" que significa o bem falante e comunicador. 

Consiste o padê em um prato de farofa amarela, acaçá, azeite-de-dendê e um copo de água ou cachaça, que são “arriados” para Exu. 

Na nação de angola ou candomblé de Angola Exu recebe o nome de Aluvaiá, Bombo Njila, Pambu Njila, e Legbá, no Candomblé Jeje. 

Não deve ser confundido com a entidade Exu de Umbanda. 

Arquétipo 

Seus filhos são sensuais, dominadores e inteligentes. Gostam da vida cercada de barulho, muitas pessoas e romances de todo tipo. Adoram festas e não se prendem a ninguém, são muito impulsivos. Mas se amam alguém, dão sua vida se for preciso, sem pensar em nada. Gostam de ajudar e trabalhar, mas podem se tornar vingativos e extremamente cruéis. 

Exú - Parte I

Acho que não poderia ter escolhido um período melhor para postar a primeira parte deste artigo do que em março de 2011, onde várias mudanças estão em andamento no planeta e, também, neste mês em que comemoramos o Dia de Xangô Aganju, que é uma das qualidades de Xangô (no candomblé) que representa as leis e as escritas e, também é o padroeiro dos intelectuais. 

Apesar desse fato das “qualidades de santo” que existe na cultura africana e levarmos em consideração a representação de Xangô na Umbanda (que é classificado como o Orixá da Justiça e do Equilíbrio), falaremos um pouco – nesta primeira parte deste post – sobre os incompreendidos Exús e seus verdadeiros trabalhos no mundo astral. 

Por se tratar de um assunto delicado e vasto, dividi esse assunto em 2 posts. Neste descreverei o Exú Orixá de acordo com a mitologia Africana, cultuada nos diversos barracões e roças de Candomblé espalhados pelo Brasil e, na segunda parte, descreverei o Exú Guardião, trabalhador da seara do Cristo, supervisionados por espíritos elevados, nos diversos centros Espíritas Kardequianos, terreiros de Umbanda, igrejas evangélicas e católicas, etc. 

Uma dica que deixarei logo neste início da primeira parte é o ESTUDO e a PESQUISA. Antes de discutir, falar, comentar, opinar, aconselhar alguém sobre um determinado assunto qualquer: 

– LEIA, PESQUISE, ESTUDE – 

Nós temos um péssimo costume de falarmos mal ou atacarmos sobre um assunto que desconhecemos ou, como é no caso dos Exús. Passamos muito tempo ouvindo histórias furadas de espíritas, umbandistas e espiritualistas que “os Exús são espíritos escravos e que eles fazem tanto o bem quanto o mal – só pedir”. 

Mas uma coisa eu garanto como espiritualista – ISSO NÃO É BEM ASSIM. 

Melhor ainda – NÃO É ASSIM MESMO. 

Infelizmente a população que não compreende o trabalho verdadeiro desses espíritos tão importantes para todos espalham esses grandes absurdos por ai, disseminando a mentira e ferindo a imagem desses amigos que estão na “linha de frente” dessa batalha espiritual que estamos enfrentando neste fim dos tempos. 

Mitologia Africana 

Orixá Exu
Èsù é um Orixá africano, também conhecido como: Exu, Esu, Eshu, Bara, Ibarabo, Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Tiriri, Ijèlú. Algumas cidades onde se cultua o Exu são: Ondo, Ilesa, Ijebu, Abeokuta, Ekiti, Lagos. 

Exu é o orixá da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra Èsù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento. 



Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, mundo material e espiritual, seja plenamente realizada. 

Na África na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma como é representado no culto africano, um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade. 

Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um absurdo dentro da construção teológica yorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do Mal. Mesmo porque nesta religião não existem diabos ou mesmo entidades encarregadas única e exclusivamente por coisas ruins como fazem as religiões cristãs, estas pregam que tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso, pelo contrário na mitologia yoruba, bem como no candomblé cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano. 

Orixa Exu com seu falo
na mão direita
De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele. 

No entanto, como tudo no universo, possui de um modo geral dois lados, ou seja: positivo e negativo. Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano que é de um modo geral muito mutante em suas ações e atitudes. 

Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda Rei de Ketu, sob o nome de Èsù Alákétú. 

A palavra elegbara significa “aquele que é possuidor do poder (agbará)” e está ligado à figura de Exu. 

No Brasil 

No Brasil, no candomblé, Exu é um dos mais importantes Orixás e sempre é o primeiro a receber as oferendas, as cantigas, as rezas, é saudado antes de todos os Orixás, antes de qualquer cerimônia ou evento. O Exu Orixá não incorpora em ninguém para dar consultas como fazem os Exus de Umbanda, eles são assentados na entrada das casas de candomblé como guardiões, e em toda casa de candomblé tem um quarto para Exu, sempre separado dos outros Orixás, onde ficam todos os assentamentos dos exus da casa e dos filhos de santo que tenham exu assentado. 

É astucioso, vaidoso, culto e dono de grande sabedoria, grande conhecedor da natureza humana e dos assuntos mundanos daí a assimilação com o diabo pelos primeiros missionários que, assustados, dele fizeram o símbolo da maldade e do ódio. Porém " … nem completamente mau, nem completamente bom … ", na visão de Pierre Verger no texto de sua autoria "Iniciação" - contido no documentário "Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia", Exu reage favoravelmente quando tratado convenientemente, identificado no jogo do merindilogun pelo odu okaran. 

Sacrifício para Exu.Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas qualidades: Elegbá ou Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara, Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o crescimento de tudo o que existe), Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan (guardião dos caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê). 

Outra imagem de Exu segundo a
cultura africana
A segunda-feira é o dia da semana consagrado a Exu. Suas cores são o vermelho e o preto; seu símbolo é o ogó (bastão com cabaças que representa o falo); suas contas e cores são o preto e o vermelho; as oferendas são bodes e galos, pretos de preferência, e aguardente, acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê. Aconselha-se nunca lhe oferecer certo tipo de azeite, o Adí, por ser extraído do caroço e não da polpa do dendê e portar a violência e a cólera. Sua saudação é "Larôye!" que significa o bem falante e comunicador. 

Consiste o padê em um prato de farofa amarela, acaçá, azeite-de-dendê e um copo de água ou cachaça, que são “arriados” para Exu. 

Na nação de angola ou candomblé de Angola Exu recebe o nome de Aluvaiá, Bombo Njila, Pambu Njila, e Legbá, no Candomblé Jeje. 

Não deve ser confundido com a entidade Exu de Umbanda. 

Arquétipo 

Seus filhos são sensuais, dominadores e inteligentes. Gostam da vida cercada de barulho, muitas pessoas e romances de todo tipo. Adoram festas e não se prendem a ninguém, são muito impulsivos. Mas se amam alguém, dão sua vida se for preciso, sem pensar em nada. Gostam de ajudar e trabalhar, mas podem se tornar vingativos e extremamente cruéis. 

quinta-feira, 17 de março de 2011

Catástrofes da natureza – Justiça Divina?

Capítulo VI – Livro dos Espíritos – Allan Kardec

Destruição necessária e destruição abusiva

Pergunta 728: É lei da Natureza a destruição?

“Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.”

Nos últimos dias, todos nós assistimos cenas muito chocantes, cenas reais que mais pareciam trechos do filme “Um Dia Depois de Amanhã” do que a pura realidade de nosso planeta.

A capacidade de destruição e regeneração do nosso planeta é comandada por espíritos superiores que têm o controle dos nossos destinos e que absolutamente nada passa desapercebido por eles.

Muitas vezes – senão todas as vezes – chamamos Deus de injusto, incoerente, mau, etc. Mas, temos que analisar muitas questões importantes, principalmente todos que se julgam, espíritas, espiritualistas, universalistas, umbandistas, etc. devem questionar a si próprios, a fé que dizem professar. Porque?

Nós julgamos professar uma fé de vida eterna, lei da reencarnação, um Deus justo e infinitamente bom, etc. Uma simples pergunta: Se acreditamos no que professamos, porque fazemos achamos que Deus “errou” ou “falhou”? Não há sentindo nem coerência nesse pensamento.

Kardec perguntou para os espíritos da equipe do Espírito Verdade se É lei da Natureza a destruição?

E os espíritos respondem que há necessidade de se destruir para renovar, regenerar. E os espíritos ainda apontam a nossa incapacidade de analisar além da nossa matéria grosseira dizendo “o que chamamos de destruição não passa de uma transformação, que resumindo traz a renovação e melhoria dos seres vivos” em vários aspectos. 

E porque?

Pegando o exemplo dos 2 últimos tsunamis que arrasaram o mundo – um na Indonésia e outro no Japão – nos mostrou a grande capacidade de solidariedade e amor ao próximo que o ser humano tem dentro de si, mas que na maioria das vezes, não tem capacidade de colocar em prática em todos os dias da nossa existência. Ajuda de todos os 4 cantos do planeta aparecem: ONGs, políticos, entidades não governamentais, empresas privadas, etc. Todos se unem para ajudar aos que precisam.

Outro aspecto é a natureza: o movimento das placas tectônicas que remexeram com uma grande intensidade que criou ondas gigantescas que varreram algumas cidades do Japão, modificando inclusive o panorama geofísico do planeta. Segundo informações de geofísicos, no tsunami da Indonésia, o eixo imaginário do Planeta Terra moveu 6º, e nesse último tsunami (sem confirmações ainda) o eixo imaginário moveu 25cm. 

Lembram de Kardec?

Xangô também é conhecido
com o orixá que representa a Justiça
“o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.” 

Onde está nossa fé em Deus? 
Onde está nossa fé naquilo que professamos? 
Deus não é infinitamente justo e bom?

Muitos podem me achar que é “ser frio” pensar desta forma. 

Porém, somos ou não seres eternos da criação? 
Somos ou não filhos do Pai Supremo?

Precisamos deixar de lado essa “fé de qualquer jeito”, “brincarmos de acreditar na reencarnação” e fazermos parte dessa família espiritual que está em toda parte.

Jesus disse: Vós podeis fazer o que eu faço e muito mais (João 14:12).

O próprio Cristo nos deixou esse legado de que somos capazes de mudar o mundo através do amor que existe lá dentro, bem escondidinho. Porque precisamos sofrer para amar de verdade?

731. Por que, ao lado dos meios de conservação, colocou a Natureza os agentes de destruição? 
“É o remédio ao lado do mal. Já dissemos: para manter o equilíbrio e servir de contrapeso.”

733. Entre os homens da Terra existirá sempre a necessidade da destruição?
“Essa necessidade se enfraquece no homem, à medida que o Espírito sobrepuja a matéria. Assim é que, como podeis observar, o horror à destruição cresce com o desenvolvimento intelectual e moral.”

E para fechar, com todas as letras esse post, colocarei o item 2 desse Capítulo - Livro dos Espíritos. Esse item é um pouco extenso, mas acho excelente para lermos inteiro e refletirmos...

Flagelos destruidores

737. Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?
“Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são freqüentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.” 

738. Para conseguir a melhora da Humanidade, não podia Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores?
“Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém, não se aproveita desses meios. Necessário, portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua fraqueza.”

a) Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe o homem de bem como o perverso. Será justo isso?
“Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de maneira diversa pensa depois da morte. Ora, conforme temos dito, a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso mundo não passa de um relâmpago na eternidade. Logo, nada são os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que tanto vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real (85). Esses os filhos de Deus e o objeto de toda a Sua solicitude. Os corpos são meros disfarces com que eles aparecem no mundo. Por ocasião das grandes calamidades que dizimam os homens, o espetáculo é semelhante ao de um exército cujos soldados, durante a guerra, ficassem com seus uniformes estragados, rotos, ou perdidos. O general se preocupa mais com seus soldados do que com os uniformes deles.”

b) Mas, nem por isso as vítimas desses flagelos deixam de o ser.
“Se considerásseis a vida qual ela é e quão pouca coisa representa com relação ao infinito, menos importância lhe daríeis. Em outra vida, essas vítimas acharão ampla compensação aos seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem murmurar.” Venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de flagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo. Se, pelo pensamento, pudéssemos elevar-nos de maneira a dominar a Humanidade e abrangê-la em seu conjunto, esses tão terríveis flagelos não nos pareceriam mais do que passageiras tempestades no destino do mundo.

739. Têm os flagelos destruidores utilidade, do ponto de vista físico, não obstante os males que ocasionam?
"Têm. Muitas vezes mudam as condições de uma região. Mas, o bem que deles resulta só as gerações vindouras o experimentam.”

740. Não serão os flagelos, igualmente, provas morais para o homem, por porem no a braços com as mais aflitivas necessidades?
“Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo.”

741. Dado é ao homem conjurar os flagelos que o afligem?
“Em parte, é; não, porém, como geralmente o entendem. Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem. À medida que adquire conhecimentos e experiência, ele os vai podendo conjurar, isto é, prevenir, se lhes sabe pesquisar as causas. Contudo, entre os males que afligem a Humanidade, alguns há de caráter geral, que estão nos decretos da Providência e dos quais cada indivíduo re submissão à vontade de Deus. Esses mesmos males, entretanto, ele muitas vezes os agrava pela sua negligência.”
Na primeira linha dos flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, devem ser colocados a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais às produções da terra. Não tem, porém, o homem encontrado na Ciência, nas obras de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e nas irrigações, no estudo das condições higiênicas, meios de impedir, ou, quando menos, de atenuar muitos desastres? Certas regiões, outrora assoladas por terríveis flagelos, não estão hoje preservadas deles? Que não fará, portanto, o homem pelo seu bem-estar material, quando souber aproveitar-se de todos os recursos da sua inteligência e quando aos cuidados da sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento de verdadeira caridade para com os seus semelhantes?

Catástrofes da natureza – Justiça Divina?

Capítulo VI – Livro dos Espíritos – Allan Kardec

Destruição necessária e destruição abusiva

Pergunta 728: É lei da Natureza a destruição?

“Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.”

Nos últimos dias, todos nós assistimos cenas muito chocantes, cenas reais que mais pareciam trechos do filme “Um Dia Depois de Amanhã” do que a pura realidade de nosso planeta.

A capacidade de destruição e regeneração do nosso planeta é comandada por espíritos superiores que têm o controle dos nossos destinos e que absolutamente nada passa desapercebido por eles.

Muitas vezes – senão todas as vezes – chamamos Deus de injusto, incoerente, mau, etc. Mas, temos que analisar muitas questões importantes, principalmente todos que se julgam, espíritas, espiritualistas, universalistas, umbandistas, etc. devem questionar a si próprios, a fé que dizem professar. Porque?

Nós julgamos professar uma fé de vida eterna, lei da reencarnação, um Deus justo e infinitamente bom, etc. Uma simples pergunta: Se acreditamos no que professamos, porque fazemos achamos que Deus “errou” ou “falhou”? Não há sentindo nem coerência nesse pensamento.

Kardec perguntou para os espíritos da equipe do Espírito Verdade se É lei da Natureza a destruição?

E os espíritos respondem que há necessidade de se destruir para renovar, regenerar. E os espíritos ainda apontam a nossa incapacidade de analisar além da nossa matéria grosseira dizendo “o que chamamos de destruição não passa de uma transformação, que resumindo traz a renovação e melhoria dos seres vivos” em vários aspectos. 

E porque?

Pegando o exemplo dos 2 últimos tsunamis que arrasaram o mundo – um na Indonésia e outro no Japão – nos mostrou a grande capacidade de solidariedade e amor ao próximo que o ser humano tem dentro de si, mas que na maioria das vezes, não tem capacidade de colocar em prática em todos os dias da nossa existência. Ajuda de todos os 4 cantos do planeta aparecem: ONGs, políticos, entidades não governamentais, empresas privadas, etc. Todos se unem para ajudar aos que precisam.

Outro aspecto é a natureza: o movimento das placas tectônicas que remexeram com uma grande intensidade que criou ondas gigantescas que varreram algumas cidades do Japão, modificando inclusive o panorama geofísico do planeta. Segundo informações de geofísicos, no tsunami da Indonésia, o eixo imaginário do Planeta Terra moveu 6º, e nesse último tsunami (sem confirmações ainda) o eixo imaginário moveu 25cm. 

Lembram de Kardec?

Xangô também é conhecido
com o orixá que representa a Justiça
“o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.” 

Onde está nossa fé em Deus? 
Onde está nossa fé naquilo que professamos? 
Deus não é infinitamente justo e bom?

Muitos podem me achar que é “ser frio” pensar desta forma. 

Porém, somos ou não seres eternos da criação? 
Somos ou não filhos do Pai Supremo?

Precisamos deixar de lado essa “fé de qualquer jeito”, “brincarmos de acreditar na reencarnação” e fazermos parte dessa família espiritual que está em toda parte.

Jesus disse: Vós podeis fazer o que eu faço e muito mais (João 14:12).

O próprio Cristo nos deixou esse legado de que somos capazes de mudar o mundo através do amor que existe lá dentro, bem escondidinho. Porque precisamos sofrer para amar de verdade?

731. Por que, ao lado dos meios de conservação, colocou a Natureza os agentes de destruição? 
“É o remédio ao lado do mal. Já dissemos: para manter o equilíbrio e servir de contrapeso.”

733. Entre os homens da Terra existirá sempre a necessidade da destruição?
“Essa necessidade se enfraquece no homem, à medida que o Espírito sobrepuja a matéria. Assim é que, como podeis observar, o horror à destruição cresce com o desenvolvimento intelectual e moral.”

E para fechar, com todas as letras esse post, colocarei o item 2 desse Capítulo - Livro dos Espíritos. Esse item é um pouco extenso, mas acho excelente para lermos inteiro e refletirmos...

Flagelos destruidores

737. Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?
“Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são freqüentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.” 

738. Para conseguir a melhora da Humanidade, não podia Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores?
“Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém, não se aproveita desses meios. Necessário, portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua fraqueza.”

a) Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe o homem de bem como o perverso. Será justo isso?
“Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de maneira diversa pensa depois da morte. Ora, conforme temos dito, a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso mundo não passa de um relâmpago na eternidade. Logo, nada são os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que tanto vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real (85). Esses os filhos de Deus e o objeto de toda a Sua solicitude. Os corpos são meros disfarces com que eles aparecem no mundo. Por ocasião das grandes calamidades que dizimam os homens, o espetáculo é semelhante ao de um exército cujos soldados, durante a guerra, ficassem com seus uniformes estragados, rotos, ou perdidos. O general se preocupa mais com seus soldados do que com os uniformes deles.”

b) Mas, nem por isso as vítimas desses flagelos deixam de o ser.
“Se considerásseis a vida qual ela é e quão pouca coisa representa com relação ao infinito, menos importância lhe daríeis. Em outra vida, essas vítimas acharão ampla compensação aos seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem murmurar.” Venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de flagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo. Se, pelo pensamento, pudéssemos elevar-nos de maneira a dominar a Humanidade e abrangê-la em seu conjunto, esses tão terríveis flagelos não nos pareceriam mais do que passageiras tempestades no destino do mundo.

739. Têm os flagelos destruidores utilidade, do ponto de vista físico, não obstante os males que ocasionam?
"Têm. Muitas vezes mudam as condições de uma região. Mas, o bem que deles resulta só as gerações vindouras o experimentam.”

740. Não serão os flagelos, igualmente, provas morais para o homem, por porem no a braços com as mais aflitivas necessidades?
“Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo.”

741. Dado é ao homem conjurar os flagelos que o afligem?
“Em parte, é; não, porém, como geralmente o entendem. Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem. À medida que adquire conhecimentos e experiência, ele os vai podendo conjurar, isto é, prevenir, se lhes sabe pesquisar as causas. Contudo, entre os males que afligem a Humanidade, alguns há de caráter geral, que estão nos decretos da Providência e dos quais cada indivíduo re submissão à vontade de Deus. Esses mesmos males, entretanto, ele muitas vezes os agrava pela sua negligência.”
Na primeira linha dos flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, devem ser colocados a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais às produções da terra. Não tem, porém, o homem encontrado na Ciência, nas obras de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e nas irrigações, no estudo das condições higiênicas, meios de impedir, ou, quando menos, de atenuar muitos desastres? Certas regiões, outrora assoladas por terríveis flagelos, não estão hoje preservadas deles? Que não fará, portanto, o homem pelo seu bem-estar material, quando souber aproveitar-se de todos os recursos da sua inteligência e quando aos cuidados da sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento de verdadeira caridade para com os seus semelhantes?

terça-feira, 15 de março de 2011

Culto de Louvor em Belo Horizonte e Lançamento de Livro


 Olá pessoal

Nesta quinta-feira (17 de março), Robson Pinheiro fará o Culto de Louvor na Sociedade Espírita Everilda Batista às 20h.

E também fará o lançamento oficial do livro Magos Megros - Magia e Feitiçaria sob a Ótica Espírita.

Para quem não mora em Belo Horizonte, acessem www.juntin.tv/everildabatista e assistam o culto ao vivo.

Abraços

Carlinhos

Culto de Louvor em Belo Horizonte e Lançamento de Livro


 Olá pessoal

Nesta quinta-feira (17 de março), Robson Pinheiro fará o Culto de Louvor na Sociedade Espírita Everilda Batista às 20h.

E também fará o lançamento oficial do livro Magos Megros - Magia e Feitiçaria sob a Ótica Espírita.

Para quem não mora em Belo Horizonte, acessem www.juntin.tv/everildabatista e assistam o culto ao vivo.

Abraços

Carlinhos