Olá pessoal...
Quem não conhece essa música. Uma das cantigas das Crianças que se manifestam na Umbanda no nosso Brasil. Hoje, 27 de setembro, comemoramos as festividades de Cosme e Damião.
Na minha infância, era muito comum esta data ser recheada de festividade em meu bairro. Lembro quando tinha aproximadamente 8 anos, tinha um terreiro de Umbanda em frente a minha residência, do outro lado da praça que eu moro até hoje, e todos os “27 de setembro” era um dia de festa em que comíamos doces, pirulitos, balas, bolos, etc. Quando criança, eu e meus vizinhos (todos com a minha idade) morríamos de medo do terreiro, mas neste dia perdíamos todo o medo de tudo e nos entupíamos de balas e doces.
Bem mais tarde, ao ingressar em um centro espírita e iniciar meus estudos espíritas, tendo como base Allan Kardec, perguntei para uma das responsáveis daquele Centro Espírita, que é administrado pela Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP), sobre as crianças – ou melhor – sobre os espíritos que se manifestam com a roupagem fluídica de crianças e eis o grande absurdo, um dos maiores absurdos , talvez, que já ouvi em toda a minha vida – desculpem vocês a minha franqueza:
Palavras da médium trabalhadora há muitos anos: “Esses espíritos que se manifestam como crianças nos centros de umbanda, são espíritos que estão hipnotizados por outros espíritos inferiores mais inteligentes que prendem o psiquismo daquele espírito na forma de criança e o obriga a manifestá-lo daquela forma, manipulando aqueles encarnados que conversam com os espíritos-criança.”
Naquela época, por ser recém matriculado no centro, não me atrevi a abrir uma discussão sobre isso, pois não achei que seria interessante naquele momento, sendo que eu não tinha muita base para uma discussão mais produtiva. Mas podia me remeter às perguntas 88 e 95 do Livro dos Espíritos, onde o brilhante Kardec pergunta aos espíritos e eles o responde:
88. Os Espíritos têm forma determinada, limitada e constante?
“Para vós, não; para nós, sim. O Espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea.”
95. O invólucro semimaterial do Espírito tem formas determinadas e pode ser perceptível?
Grifei a parte onde Kardec registra a resposta do Espírito Verdade sobre a forma que o Espírito queira aparecer.
Trabalhando há alguns anos com os espíritos que assessoram e trabalham para a construção da Sociedade Espiritualista Legião da Fraternidade Branca aprendi sobre as roupagens fluídicas utilizadas por todos eles e, inclusive, pelo espírito que se manifesta através de minha mediunidade chama-se Joãozinho.
Joãozinho é brincalhão, falador demais, adora doces e, principalmente chocolate preto. Éca, pois eu adoro o chocolate branco! Durante muito tempo trabalhando com ele, me ensinou bastante, pois mesmo ele me assumindo de surpresa nos finais dos trabalhos, transito na semi-consciência através da mediunidade e ficam registradas em minha mente as lições que ele passa a todos. Conhecimentos importantes e elevados com relação a amor, fraternidade, carinho e afeto para com todos os seres criados, desde minerais, vegetais, animais e, chegando por ultimo, nos hominais.
Através de uma maneira brincalhona e fácil de todos entenderem, Joãozinho consegue entrar no coração dos mais endurecidos e plantar uma sementinha de amor e carinho para que aquele sentimento amoleça e a pessoa se sinta mais tranqüila, conseguindo ver a Vida por outro ângulo.
Uma das lições mais importantes que ele traz sempre em suas palavras é:
Vocês deveriam ver e viver a vida com o espírito mais ligado à infância. As crianças podem ser maltratadas pelos adultos, porém não guardam rancor, ódio ou mágoa – coisa que os adultos guardam demais e, com o passar do tempo, está aumentando mais ainda. Essa dureza de levar a vida tão seriamente está destruindo os corações alheios e estão voltando aos tempos passados em que os bárbaros destruíam uns aos outros. Como nosso Mestre querido nos disse quando estava aqui juntinho de nós: Deixe vir a mim as criancinhas, pois elas que herdarão o reino dos céus. Tenhamos mais pureza de sentimento para levar a vida e ajudar todos que precisam.
Acho que já escrevi demais não?
Abaixo, seguem dois textos que extrai da Wikipédia que achei muito interessante colocar neste post, pois retrata um pouco a visão Africana (Candomblé) e a visão católica que temos sobre esses espíritos que trabalham em todos os cantos do planeta sob a égide do nosso Governador Planetário Jesus Cristo...
Mitologia Africana - Erê
Segundo o panteão africano o Orixá Erê é o intermediário entre a pessoa e seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exato entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos de seu Orixá.
A palavra Eré vem do yorubá, iré, que significa “brincadeira, divertimento”. Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Orixá Ere (não se deve confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá. Durante o ritual de iniciação, o Erê é de suma importância, pois é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.
São Cosme e Damião segundo a Igreja Católica
Há relatos que atestam serem originários da Arábia, de uma família nobre de pais cristãos, no século III. Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio.
Dizem que eram árabes e viveram na Sicília, às margens do Mediterrâneo, por volta do ano 283. Praticavam a medicina e curavam pessoas e animais sem cobrar nada. É dito que Cosme, Damião e Doum eram trigêmeos e que com a morte de Doum os outros dois irmãos se tornaram determinados em aprender e praticar a medicina para curar a todas as crianças, sempre de forma gratuita.
Por terem se convertido ao cristianismo e vivido na época de maior perseguição aos cristãos, foram torturados e degolados por ordem do imperador Deocleciano.
Antes, por não abrirem mão de sua fé em Cristo, foram acorrentados e atirados do alto de rochedos sobre as ondas, quando anjos os salvaram. Depois, arremessados em chamas de uma fogueira, saíram ilesos. Amparados e protegidos por Deus, foram crucificados e flechados, mas nada a eles aconteceu. Não abdicando da fé, suportaram resignados até a última prova e foram decapitados.
Há várias versões para suas mortes, mas nenhuma comprovada por documentos históricos. Uma das fontes relata que eram dois irmãos, bons e caridosos, que realizavam milagres e por isso teriam sido amarrados e jogados em um despenhadeiro sob a acusação de feitiçaria e de serem inimigos dos deuses romanos.
Segundo outra versão, na primeira tentativa de matá-los, foram afogados, mas salvos por anjos. Na segunda, foram queimados, mas o fogo não lhes causou dano algum. Apedrejados na terceira vez, as pedras voltaram para trás, sem atingi-los. Por fim, morreram degolados.
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